sábado, 16 de maio de 2009

Foi também por isto que chorei

James Garner e Gena Rowlands (The Notebook)


(ponto um, isto não quer dizer que vá fazer deste blog um diário da minha vida amorosa)
Não sei como explicar. O certo é que, ontem à noite, me custou ver um casal com altos e baixos, mas onde o amor prevaleceu sempre. Talvez sejam um daqueles raros que se conheceram na altura certa, no momento certo, e no qual não houve um segundo a mais que os fez fartarem-se, nem um segundo a menos para os fazer pensar se seria o melhor. Ou melhor, houve - mas nem por isso deixaram de se amar, nem por isso deixaram de confiar nas decisões um do outro. Mesmo aos quarenta e depois, o que os unia era muito mais que amor! Havia desejo, havia carinho, havia respeito, havia solidariedade. Havia uma relação que, por mais instabilidade que houvesse, tinha tanto para haver união.
E tive ciúmes. E tive saudades. E tive que me conter para não sair daquela sala de cinema a correr. Por saber que, algures, já tive momentos em que todos(as) me invejaram por não conseguir estar mais feliz, visto que não havia relação mais perfeita e única que a minha (nossa), na qual todas as construções tinham sido feitas com os materiais certos nas proporções correctas. Era (e é) mais que amor.
O filme fez-me pensar nos sonhos que já partilhei (e talvez ainda partilhe) com alguém. Da forma como parecia que iríamos lutar, por ambos e pelo que sentimos. Porém, por vezes, não sei como chegar aos sonhos sem que as minhas pernas fraquejem e eu caia a pensar "Será que sou eu a parva ou és tu que és estúpido?" - talvez sejam as duas coisas, o que complica tudo.
É pena o amor às vezes não chegar.

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