segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mas quem é o(a) estúpido(a) que gosta de cortar o cabelo?

Gisele Bündchen


Eu não. E tenho inveja da minha professora de Matemática que vai todas as semanas onde eu apenas vou em último caso (mães) - também... até compreendo a senhora. Já a vi sem ter ido no sábado que tinha passado ao cabeleireiro e só me consegui rir de cada vez que olhei para aquele cabelo. Mas enfim, eu não consigo gostar de cortar o cabelo! A minha querida auto-estima nunca esteve lá muito nas alturas, e de cada vez que saio por aquelas portas está abaixo de zero.
No entanto, tenho sempre gente à minha volta que me faz sentir melhor. A minha mãe diz logo: Deixa-te de coisas! Estás gira! Como tu tinhas esse cabelo é que já não era nada, blá blá blá. Depois há as amigas, que são umas queridas, e que referem que me favorece isto ou aquilo, que me fica bem, e essas coisinhas. Por último, há o namorado, que - em tanto tempo - tem tido a maior paciência do mundo ao aturar-me e a acalmar-me (por causa do cabelo e não só).
Pena hoje não se ter passado isso... Fui com a M. ao cabeleireiro e o J. ficou de lá ir ter quando chegasse. Assim que terminei, a M. sorriu e disse que tinha ficado bem. E eu tive vontade de a abraçar por me aturar há tanto tempo! Quando já estava sozinha com o J., perguntei Ficou muito mau?, ao qual recebo a resposta que menos esperava ouvir: Está horrível. Parece que tens um abaju na cabeça. Quer dizer! Logo eu, uma pessoa que tem tantos traumas com o cabelo (desde que me lembro, mesmo), e recebe uma resposta dessas de uma pessoa dessas! Ainda tentei remediar a resposta dele (o que não era tarefa minha), dizendo Ah, isto quando eu lavar o cabelo em casa passa e vai ao sítio - mas não, não percebeu. E a conversa terminou com a seguinte frase simpática: Não passa não, isso ficou assim e está mesmo feio.
Se isto fosse, quê?, há uns seis meses atrás, eu seria puxada para os abraços envolventes dele, seria-me dado um beijinho na cara, perto da orelha, e seria-me dito baixinho Estava a brincar, amor. Estás linda. E mesmo que não estivesses, gosto de ti de qualquer maneira.
Mas o passado está no passado e resta-me esperar que, amanhã, este cabelo horrível esteja em condições que não me impeçam de sair de casa.

Sinto-me estúpida.

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